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Muito além do descanso: o feriado da Consciência Negra é para conscientizar e refletir sobre o tema

Publicado em 19/11/2025 por Rádio Aurora FM

Política

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O Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro, é mais do que apenas um feriado. É um momento de reflexão sobre a história, a luta e a contribuição do povo negro para o Brasil. A data marca a morte de Zumbi dos Palmares, que foi líder do maior quilombo do país, tornando-se símbolo de resistência contra a escravidão e, já nos dias atuais, representa a luta contra o racismo.

Mesmo sendo um dia oficial em várias cidades e estados, o feriado ainda provoca o debate: por que parar o país para falar sobre isso? E a resposta está na própria realidade brasileira.

Um país construído por mãos negras

O Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravidão. Por mais de três séculos, milhões de africanos foram tirados à força de suas terras e tiveram suas culturas, famílias e liberdade destruídas. Mesmo após a Abolição, em 1888, a população negra ficou à mercê do Estado, sem acesso a terras, educação e direitos básicos.

Hoje, essa história ainda se repete em números: a população negra representa mais da metade do país, mas ainda enfrenta desigualdade no trabalho, na renda, na educação e na violência.

Por isso, o Dia da Consciência Negra é um chamado para lembrar o passado e discutir o presente.

Por que o feriado existe?

A data passou a ser feriado em vários estados e municípios para valorizar a cultura afro-brasileira, incentivar eventos educativos e fortalecer o combate ao racismo. Em muitos lugares, escolas, rádios comunitárias, movimentos culturais e grupos religiosos realizam rodas de conversa, shows, feiras e debates. O foco não é “descansar”, mas informar, celebrar e reconhecer.

E na sua cidade?

Em muitas regiões do país, o 20 de novembro ganhou força como uma data de mobilização comunitária. Aqui em Piraquara, o Dia da Consciência Negra tem se tornado cada vez mais presente no calendário cultural do município.

Nos últimos anos, escolas, coletivos culturais e grupos de capoeira têm realizado atividades como:

  • Rodas de conversa sobre a história do povo negro no Paraná;

  • Apresentações de capoeira e maculelê, especialmente em bairros como Guarituba;

  • Oficinas de tranças e turbantes com artesãs da própria comunidade;

  • Exposições e feiras culturais organizadas por movimentos locais;

  • Eventos da prefeitura e da Câmara que reforçam a importância da igualdade racial.

Piraquara também abriga uma população diversa, marcada pela presença de comunidades periféricas que vivenciam diariamente temas ligados à inclusão, educação e combate ao preconceito. Por isso, o feriado tem se consolidado como uma oportunidade de fortalecer a identidade local e dar visibilidade a artistas, educadores, lideranças religiosas e jovens negros da cidade.

Mais do que feriado: é memória e futuro

O Dia da Consciência Negra não é apenas sobre o que passou. É sobre o que ainda precisa ser feito para garantir igualdade de oportunidades, respeito e reconhecimento.

Ao lembrar Zumbi, Dandara e tantos outros que lutaram pela liberdade, o feriado serve como um convite para que cada pessoa reflita sobre como pode contribuir para um Brasil mais justo.